As quadrilhas de piratas que atuam nos rios da Amazônia estão empregando drones para localizar, monitorar e atacar balsas e embarcações, especialmente as que transportam combustíveis. A denúncia foi apresentada pelo Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Estado do Amazonas (Sindarma) durante o fórum ‘Segurança nas Operações Aquaviárias no Norte do Brasil’, promovido em Manaus pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).

Uso de tecnologia avançada pelos piratas
O presidente do Sindarma, Galdino Alencar, alertou que, além de armamento pesado e embarcações de alta velocidade, as quadrilhas passaram a utilizar drones para acompanhar a movimentação das balsas em diversas bacias do estado. “Nos últimos meses, estamos recebendo cada vez mais notificações das tripulações sobre o uso de drones pelos piratas, que inspecionam as balsas, a carga transportada e ameaçam os tripulantes, inclusive durante a noite”, afirmou Alencar.
Ações contra a pirataria e escoltas armadas
Durante o evento, Alencar destacou a necessidade de intensificar as ações contra a pirataria e aumentar a presença das forças de segurança pública nos rios da região. Ele mencionou que, desde a implementação de escoltas armadas privadas para acompanhar as embarcações, o sucesso das quadrilhas foi reduzido significativamente. No entanto, as tentativas e ameaças continuam, com trocas de tiros quase diárias, agravadas agora pelo uso de drones.
Preocupação com a Operação Irregular de Dragas
Alencar também chamou a atenção para a importância de regularizar a operação de dragas e atividades de garimpo em diversos rios, especialmente no Madeira. “Estimativas apontam que, apenas no Madeira, existam mais de 2 mil dragas em operação neste momento, a maioria em situação irregular e algumas posicionadas no canal de navegação”, afirmou o presidente do Sindarma.
A crescente sofisticação das quadrilhas e o uso de tecnologias avançadas, como drones, representam desafios adicionais para a segurança da navegação nos rios da Amazônia, exigindo medidas eficazes e coordenadas entre as autoridades e o setor privado.
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