O polo de ar-condicionado da Zona Franca de Manaus (ZFM), o segundo maior do mundo, busca uma saída urgente para uma crise iminente na produção, causada pela falta de compressores.
A exigência do Processo Produtivo Básico (PPB), que obriga as fabricantes a comprar peças fabricadas no Brasil, tornou-se um gargalo, visto que a única fornecedora nacional não consegue atender à demanda do mercado.
A situação já causa atrasos, paralisações, suspensão de contratações e até demissões nas fábricas instaladas em Manaus. Empresários pedem ao governo federal uma solução imediata para evitar que a produção e a competitividade da ZFM sejam comprometidas.
Pressão em Brasília e proposta de solução
Em reunião realizada em Brasília na terça-feira (29/9), a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) e a Eletros reforçaram ao vice-presidente Geraldo Alckmin que não é sustentável manter a obrigatoriedade de um único fornecedor.
A Suframa já havia apresentado ao governo, em agosto, uma proposta apoiada por todas as fabricantes de ar-condicionado, mas a medida ainda aguarda aprovação do Ministério do Desenvolvimento. A proposta prevê a manutenção das regras atuais, mas condiciona a ampliação do uso de compressores nacionais à comprovação de capacidade de fornecimento.
Para o setor, insistir na exigência sem garantia de produção interna apenas amplia a insegurança jurídica e ameaça empregos. Uma recente consulta pública prorrogou até 2026 a obrigação de uso de compressores nacionais, acumulando pendências de 2024 e 2025. Para os empresários, a decisão aumenta o risco de instabilidade.
“Não podemos aceitar que um setor inteiro fique refém de um único fornecedor”, destacou Antônio Silva, presidente da Fieam.
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