O vigilante Henrique César prestou depoimento nesta quinta-feira (31), na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), em Manaus, como testemunha no caso Izabele Dinelly, a adolescente de 15 anos que morreu com sinais de tortura. Natural de Maués, Izabele estava na capital amazonense passando as férias na casa de uma tia quando desapareceu no último dia 25 de julho. Dias depois, seu corpo foi encontrado em um hospital da cidade.
Henrique César foi a última pessoa a ver Izabele com vida, segundo defesa
De acordo com o advogado de Henrique, Júlio Mendes, o vigilante e a jovem se conheciam por ambos serem naturais de Maués. Segundo ele, Henrique foi a última pessoa a ter contato com a vítima antes de seu desaparecimento, e tem prestado total colaboração com a polícia.
“O único envolvimento do meu cliente com a vítima foi o fato de ele ter sido a última pessoa a vê-la com vida. Todas as informações localizadas até agora, inclusive imagens de câmeras de segurança, partiram dele. Henrique está colaborando desde o início”, afirmou Júlio Mendes.
Segundo a versão apresentada pela defesa, Henrique buscou Izabele na casa da tia, e os dois passaram um tempo em uma conveniência da cidade. Posteriormente, ele a deixou nas proximidades de uma faculdade particular, local onde a jovem teria dito que encontraria um suposto namorado.
“Ela desceu da moto, chamou um carro por aplicativo e ele seguiu para casa, corrida essa que consta no histórico dele”, declarou o advogado.
Defesa afirma que vigilante desconhecia a idade real da vítima
Outro ponto destacado pela defesa foi em relação à idade de Izabele. Júlio Mendes afirma que Henrique acreditava que a jovem tinha 18 anos.
“Ela dizia ter 18, frequentava bares, adegas, e a família tinha conhecimento disso. Ele só soube a verdadeira idade quando foi intimado pela polícia”, alegou.
O advogado também nega qualquer atitude inadequada por parte de Henrique.
“Ela quis ficar naquele local. Ele respeitou. Não houve imposição nem abandono em situação de risco. Ele está sendo tratado como testemunha pela autoridade policial”, finalizou.
A Polícia Civil segue investigando o caso, que passou da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) para a Delegacia de Homicídios devido à gravidade das circunstâncias da morte de Izabele.
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