O presidente da França, Emmanuel Macron, pretendia usar o tradicional desfile do Dia da Bastilha para exibir o poderio militar francês nesta segunda-feira (14), mas uma série de incidentes acabou desviando as atenções do público e da imprensa mundial.
Durante a parada militar na emblemática avenida Champs-Élysées, em Paris, um dos cavalos participantes escorregou e tombou, derrubando o cavaleiro ao chão. Outro cavalo chegou a se soltar e circulou sozinho e desgovernado, fora da formação prevista para o evento.
Além dos animais, um soldado foi visto com a orelha sangrando, aparentemente ferido pela própria espada, que carregava com a ponta voltada para o rosto e apoiada no ombro.
Macron quer França mais temida e poderosa
Apesar dos imprevistos, o desfile deste ano foi planejado como uma “verdadeira operação militar”, afirmou o governador militar de Paris, general Loic Mizon, destacando o cenário de maior tensão internacional provocado pela invasão russa da Ucrânia.
Em discurso ao público presente, Macron sublinhou a necessidade de fortalecer as Forças Armadas francesas diante do atual contexto geopolítico.
“Desde 1945, a liberdade não era tão ameaçada. Diante de um mundo mais brutal, a nação precisa ser mais forte, porque para ser livre neste mundo, é preciso ser temido, e para ser temido, é preciso ser poderoso”, declarou o presidente francês.
França revisa orçamento militar
Após pressões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a França, assim como outros aliados da Otan, anunciou aumentos nos gastos militares para os próximos anos.
Atualmente, a Lei de Programação Militar do país destina 413 bilhões de euros — o equivalente a R$ 2,6 trilhões — às Forças Armadas entre 2024 e 2030. A meta de investimento anual é de 67,4 bilhões de euros (R$ 439 bilhões) até 2030.
Contudo, neste domingo (13), Macron revelou que pretende rever a lei para elevar os investimentos militares a 64 bilhões de euros (R$ 417 bilhões) até 2027, o dobro do que o país gastava em 2017, quando ele chegou ao poder.
A medida é vista como um esforço da França para consolidar sua posição estratégica global, especialmente frente às novas ameaças à segurança europeia e mundial.
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