O deputado federal Alberto Neto (PL-AM) negou, nesta terça-feira (6), qualquer envolvimento no suposto esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), após ser citado em uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o Estadão. A matéria, publicada desde segunda-feira (5), aponta o nome do parlamentar amazonense entre os investigados por suposta ligação com uma rede de favorecimentos dentro do órgão.
A reportagem expõe uma investigação em andamento conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF), que apuram indícios de desvio de recursos públicos e manipulação de processos administrativos dentro do INSS, com possível envolvimento de servidores e políticos.
Alberto Neto classifica menções como “levianas” e defende atuação em projeto
Em nota enviada à imprensa, Alberto Neto classificou como “leviana” a tentativa de associar seu nome ao grupo criminoso investigado. Ele enfatizou que sua atuação no tema foi transparente e motivada pela preocupação com os aposentados, especialmente durante o período mais crítico da pandemia da covid-19.
“Como relator do projeto, atendi a pedidos da sociedade para aguardar o término da pandemia para iniciar os recadastramentos, uma vez que os aposentados eram os grupos mais vulneráveis”, diz trecho da nota divulgada pelo parlamentar.
Além disso, o deputado federal ressaltou que assinou o requerimento de criação da CPI do INSS, reforçando seu compromisso com a fiscalização dos recursos públicos e a defesa dos aposentados e pensionistas do país. Segundo ele, qualquer tentativa de descredibilizar sua atuação será enfrentada com transparência e responsabilidade.
Presidente do INSS promete devolução de valores
Enquanto as investigações seguem em curso, o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, informou nesta segunda-feira (5) que os valores indevidamente retirados dos aposentados e pensionistas serão devolvidos diretamente nas contas dos beneficiários. A medida busca reparar os prejuízos causados pelo esquema, que ainda está sendo detalhado pelas autoridades federais.
O que diz o deputado em nota
“É leviana a tentativa de associar meu nome a esta máfia que atua no atual governo e prejudica milhares de brasileiros.
Como relator do projeto, atendi a pedidos da sociedade para aguardar o termino da pandemia para iniciar os recadastramentos, uma vez que os aposentados eram os grupos mais vulneráveis da pandemia.
O objetivo era proteger e cuidar dos idosos. Em março de 2021, o estado de calamidade pública ainda estava em vigor e seria arriscado tirar idosos de casa para irem fazer o recadastramento.
Assinei a CPI do INSS e reafirmo meu compromisso com a defesa dos aposentados e pensionistas, lutando para que sejam ressarcidos por toda a corrupção desencadeada neste governo”.
Leia também:
Deputado Alberto Neto é citado em investigação sobre fraude bilionária no INSS