domingo, abril 27, 2025
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    STF intima Bolsonaro na UTI por ação penal que apura tentativa de golpe de Estado

    Ex-presidente foi notificado pessoalmente no hospital onde se recupera de cirurgia; ação penal marca início da fase de instrução

    O ex-presidente Jair Bolsonaro foi oficialmente intimado nesta quarta-feira (23) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do processo criminal que investiga sua suposta participação em uma trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A intimação ocorreu na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, onde Bolsonaro está internado após uma cirurgia no intestino.

    Ação penal é consequência da denúncia aceita pelo STF

    No último dia 11 de abril, o ministro Alexandre de Moraes determinou a intimação de todos os réus do núcleo 1, após a Primeira Turma do STF aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Essa etapa é uma exigência da legislação penal brasileira, servindo como formalidade para comunicar os denunciados sobre a abertura da ação penal.

    Entre os dias 11 e 15 de abril, as intimações foram realizadas, com exceção de Bolsonaro, que no dia 12 apresentou complicações de saúde e, por isso, foi submetido a cirurgia nos dias seguintes.

    Live realizada da UTI antecipou ação do STF

    Apesar de seu estado clínico, o ex-presidente realizou uma transmissão ao vivo na terça-feira (22) diretamente da UTI. Diante disso, o STF entendeu que havia condições para efetuar a intimação e determinou que um oficial de Justiça fosse ao hospital nesta quarta-feira (23).

    A notificação é considerada válida mesmo com Bolsonaro hospitalizado, uma vez que não há impedimento legal para que o procedimento seja feito em ambiente hospitalar, desde que respeitadas as condições do paciente.

    Com a abertura da ação penal contra o núcleo 1, os acusados, incluindo Jair Bolsonaro, passam a responder por uma série de crimes, entre eles:

    • Organização criminosa armada;

    • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

    • Golpe de Estado;

    • Dano qualificado pela violência e grave ameaça;

    • Deterioração de patrimônio tombado.

    As acusações são consideradas extremamente graves e, em caso de condenação, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

    Início da fase de instrução processual

    A partir de agora, o processo entra na fase de instrução processual, etapa que permite às defesas:

    • Indicar testemunhas;

    • Solicitar a produção de provas adicionais;

    • Apresentar suas teses de defesa.

    Ao final dessa fase, os réus também serão interrogados oficialmente. Todo o processo será conduzido pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

    Após a conclusão da instrução, será marcada uma data para o julgamento. Ainda não há previsão oficial para o início dessa etapa decisiva.

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