sexta-feira, julho 26, 2024
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    Bitencourt advogado de Mauro Cid recua e diz que confissão não vai tratar de joias

    O advogado Cezar Bittencourt reverteu sua posição e afirmou não ter abordado as transações relacionadas às joias

    Menos de um dia após informar aos meios de comunicação que o tenente-coronel Mauro Cid estava prestes a identificar Jair Bolsonaro (PL) como responsável por um esquema que desviou presentes valiosos destinados à Presidência da República, o advogado Cezar Bittencourt reverteu sua posição e afirmou não ter abordado as transações relacionadas às joias oferecidas ao ex-presidente por delegações estrangeiras.

    Em mensagem enviada ao Estadão na madrugada desta sexta-feira, 18, Bitencourt disse:

    “Não tem nada a ver com joias! Isso foi erro da Veja não se falou em joias”.

    Referida pelo advogado, a revista Veja divulgou na noite de quinta-feira, dia 17, que Mauro Cid optou por admitir ter comercializado joias nos Estados Unidos seguindo instruções de Bolsonaro. Conforme o mesmo relato, o antigo assistente de ordens da Presidência da República tem a intenção de alegar que os fundos obtidos dessa ação foram remetidos ao ex-presidente, o que pode constituir os crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

    Além da Veja, o advogado também reiterou o teor da nova linha da defesa a outros veículos. “A questão é que isso pode ser caracterizado também como contrabando. Tem a internalização do dinheiro e crime contra o sistema financeiro”, afirmou o defensor, de acordo com a publicação. “Mas o dinheiro era do Bolsonaro”, prosseguiu ele.

    No dia 15, o advogado Bitencourt assumiu a responsabilidade pela defesa de Cid. Um dia após, ele deu sugestões de que a estratégia de defesa consistiria em demonstrar que o tenente-coronel estava meramente seguindo ordens, mesmo que estas fossem consideradas “ilegais e injustas”.

    “Nessa hierarquia militar, a obediência é um assunto extremamente grave e crucial. Justamente essa conformidade com um superior hierárquico é o que poderia atenuar sua culpa. Ordens ilegais, o militar acata. Ordens injustas, ele obedece. O que acredito que não deve ser acatado são ordens que envolvam atividades criminosas”, expressou o advogado em uma entrevista oferecida à GloboNews.

    Na última sexta-feira, dia 11, a Polícia Federal realizou mandados de busca e apreensão no contexto das joias. Entre os alvos da operação estava Mauro Cid, atualmente detido por sua associação com um outro esquema ilícito envolvendo falsificação de cartões de vacina.

    Também vinculados ao desvio das joias estão o pai do tenente-coronel, o general da Reserva Mauro César Lourena Cid, o segundo tenente Osmar Crivelatti, e o advogado Frederick Wassef. A corporação estima que esse esquema tenha gerado cerca de R$ 1 milhão em ganhos.

     

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