sexta-feira, agosto 1, 2025
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    Pesquisa da Projeta revela que maioria dos manauaras vê STF como parcial e aponta perseguição a Bolsonaro

    Pesquisa da Projeta revela que 47,3% dos manauaras veem o STF como parcial, 55,7% acreditam que Bolsonaro é perseguido e maioria rejeita interferência dos EUA na Justiça brasileira.

    Uma pesquisa realizada pela Projeta Pesquisa de Mercado em Manaus revelou que a maioria dos manauaras acredita que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem atuado com parcialidade nas decisões recentes e que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria sendo perseguido injustamente pela Justiça.

    Segundo os dados coletados pela pesquisa, 47,3% dos entrevistados afirmaram que o STF não age com imparcialidade, enquanto apenas 20,6% disseram confiar plenamente na corte. Outros 17,6% avaliam que a atuação é imparcial ‘em parte’, e 14,5% não souberam ou não quiseram opinar.

    A percepção sobre o papel do Supremo Tribunal Federal nos últimos anos também foi tema do levantamento. A resposta foi categórica: 50,4% dos manauaras acreditam que as ações do STF enfraquecem a democracia brasileira. Apenas 16% acham que o Supremo fortalece a democracia, enquanto 22,9% não veem impacto direto.

    Ex-presidente Jair Bolsonaro

    Além disso, existe uma percepção de injustiça contra Jair Bolsonaro: 55,7% dos entrevistados acreditam que o ex-presidente está sendo perseguido pela Justiça brasileira. Apenas 38,9% discordam dessa afirmação, e 5,3% não responderam.

    A figura central de diversas decisões do STF, o ministro Alexandre de Moraes, também é alvo de desconfiança. Quando perguntados se confiam nas investigações conduzidas por Moraes contra aliados de Bolsonaro, 44,3% dos manauaras disseram que não confiam. Apenas 18,3% confiam plenamente, enquanto 34,4% confiam apenas ‘parcialmente’.

    Governo dos EUA aplica Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes
    ministro Alexandre de Moraes

    A pesquisa mostra, também, que o julgamento de Bolsonaro no caso da trama golpista realizada em 2022 não passa despercebido. 56,5% afirmaram estar acompanhando com atenção as investigações envolvendo Bolsonaro e possíveis ataques à democracia. Outros 42,7% disseram que ouviram falar, mas não acompanham de perto.

    A relação entre Bolsonaro e o presidente americano Donald Trump também foi avaliada. Para 35,9%, os dois têm estilos semelhantes, embora atuem em contextos diferentes. Já 32,1% afirmam que são políticos semelhantes, e 28,2% não veem qualquer semelhança entre eles.

    A influência de Trump sobre a política brasileira também foi medida. Para 43,5%, ela é moderada; 33,6% acreditam que é muito forte, e 10,7% dizem que é “pouca”. Apenas 7,6% consideram que não há influência alguma.

    A pesquisa foi realizada logo após o anúncio de que os Estados Unidos aplicariam uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, supostamente em resposta à ‘perseguição política’ contra Bolsonaro — segundo declarações do próprio Trump.

    Mais de 74% dos entrevistados em Manaus disseram estar cientes das tarifas impostas por Trump ao Brasil. E a maioria não concorda com esse tipo de interferência: 56% dos entrevistados disseram que os Estados Unidos ‘não deveriam se meter’ nas decisões da Justiça brasileira. Ainda assim, 22,4% reconhecem que o caso afeta as relações entre os países.

    Quando perguntados sobre como o Brasil deveria reagir, a postura moderada foi maioria: 56% acreditam que o Brasil deve tentar negociar e evitar conflito; 17,8% defendem retaliar com tarifas semelhantes; outros sugerem apoio da OMC ou nenhuma ação imediata.

    Todos os dados foram coletados na capital amazonense entre os dias 24 a 28 de julho. A margem de erro foi de 3,1%, com tamanho da amostra de 1.200 entrevistados.

    Lei também:

    Trump assina decreto que oficializa tarifas de 50% ao Brasil

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