Arthur Virgílio confirma pré-candidatura para 2026 e deve deixar o PSDB

O ex-prefeito de Manaus e ex-senador da República, Arthur Virgílio Neto (PSDB), foi o convidado do programa Debate Político, do portal O Convergente, na última terça-feira (17). Em sua terceira temporada, o programa é exibido todas as terças-feiras, às 20h30, pelo canal 8.2 da TV aberta e no YouTube da Rede Onda Digital, sob o comando da apresentadora Letícia Barbosa.

Durante a entrevista, Arthur Virgílio confirmou publicamente sua intenção de disputar as eleições de 2026. O político, que já governou a capital amazonense por três mandatos, não especificou o cargo que pretende buscar, mas afirmou que deve deixar o PSDB, partido ao qual está filiado há décadas.

Arthur Virgílio vai disputar as eleições de 2026

Questionado diretamente pela apresentadora Letícia Barbosa sobre uma possível candidatura, Virgílio foi enfático: “Sim!”. A declaração confirma sua disposição de retornar à cena eleitoral nas próximas eleições gerais. Ele acrescentou ainda que deve se desfiliar do PSDB nos próximos meses.

“O PSDB mudou muito, hoje ele está em uma fusão […], mas ele já foi – não o maior – […], mas nasceu para ser um partido muito grande, já elegeu dois presidentes e mesmo quando não elegeu, tinha representantes no segundo turno”, afirmou Arthur, ao justificar seu afastamento do partido.

“Sou uma noiva cobiçada”, diz Arthur sobre convites de outros partidos

Sem revelar nomes, Arthur Virgílio afirmou que já recebeu convites de “todo mundo” e brincou com a situação: “Eu tenho convite de todo mundo, não tem nenhum que não tenha me convidado ainda. Eu nunca pensei que eu virasse uma noiva e uma noiva cobiçada, muita gente quer casar com ela”.

A declaração reforça a percepção de que o ex-prefeito segue sendo uma liderança política de destaque no Amazonas, mesmo após deixar o Executivo municipal em 2020.

BR-319: “Sou a favor, mas com debate e convencimento”

O político também comentou sobre a polêmica BR-319, rodovia que liga Manaus a Porto Velho. Arthur reafirmou sua defesa da floresta, mas criticou a forma como o tema tem sido tratado por algumas lideranças. “Quero dar a minha contribuição para o Estado, continuo defendendo a floresta, mas nunca serei grosseiro com ninguém, principalmente com uma ministra”, afirmou, sem mencionar nomes.

Ele defendeu o diálogo como caminho para a viabilização da obra: “Sou a favor da BR-319, mas não acho que é no grito que vai se resolver, o que vai resolver é o debate, convencimento”.

Alianças políticas no Amazonas e no cenário nacional

Sobre possíveis alianças locais para 2026, Arthur Virgílio evitou declarações definitivas, mas comentou sobre sua relação com duas figuras políticas do estado: Maria do Carmo e o senador Omar Aziz.

“Não tenho tratado disso. A Maria é uma pessoa que eu prezo como amiga. O Omar, estivemos separados, mas sou amigo dele, ele é meu amigo. Eu fui muito decisivo em um momento da vida dele”, declarou.

No campo nacional, o ex-prefeito também evitou se alinhar diretamente com os nomes de Lula ou Bolsonaro. “É claro que tem pessoas que podem representar tanto um quanto o outro. O Bolsonaro está impedido, está respondendo um processo e gostaria que ele se livrasse disso, mas pensasse que quem sabe não é a hora de encontrar uma pessoa boa e perfeita para fazer um grande governo”, avaliou.

Jogo das Cartas: Rotta, Plínio e Lula

Durante o quadro “Jogo das Cartas”, Arthur comentou a imagem de três figuras públicas. A primeira foi Marcos Rotta, secretário municipal. “Eu gosto muito dele, por mais que estejamos afastados – e não por minha causa –, eu gosto muito dele. Eu devo a ele e gostaria de um dia poder pagar”, afirmou.

Sobre o senador Plínio Valério (PSDB), Arthur foi direto: “Eu ajudei muito a elegê-lo, dei a ele um projeto […]. Acho que ele já está em uma idade que não dá mais para receber conselho”.

Ao final, tirou a carta com a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Questionado sobre sua posição política entre direita e esquerda, Arthur defendeu uma nova via para o país: “Está na hora de esquecermos a polarização e está na hora de aparecer mais pessoas que participem, que estejam fazendo boas coisas e que transformem o Brasil em uma democracia fraterna”.

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Com informações: O convergente