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domingo, abril 27, 2025
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Tensão comercial entre China e EUA atinge novo patamar com tarifas de até 245%

Casa Branca detalha medidas tarifárias em resposta à retaliação da China

Um comunicado publicado nesta terça-feira (15) no site oficial da Casa Branca anunciou que a China enfrentará tarifas de até 245% sobre produtos exportados para os EUA, em resposta a ações retaliatórias adotadas pelo governo chinês. A versão inicial do documento não esclarecia como o percentual foi calculado, mas foi posteriormente atualizada com detalhes sobre os valores e os produtos afetados.

De acordo com o texto revisado, a tarifa total é composta por diferentes alíquotas:

  • Uma tarifa recíproca de 125%,

  • Uma taxa adicional de 20% relacionada à crise do fentanil,

  • E tarifas da Seção 301, que variam de 7,5% a 100% sobre produtos específicos.

A publicação ainda reforça que as tarifas fazem parte da política econômica e comercial do presidente Donald Trump, sendo classificadas como uma estratégia para “nivelar o campo de atuação e proteger a segurança nacional dos EUA”.

Questionado por jornalistas locais, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou que os detalhes sobre as tarifas deveriam ser esclarecidos pelos próprios EUA. De acordo com o jornal estatal Global Times, Lin declarou que a China manterá sua posição firme diante das medidas adotadas por Washington.

Entenda a guerra comercial entre EUA e China

As novas tensões entre EUA e China começaram em 2 de abril, quando o presidente Donald Trump instituiu uma tarifa de 10% sobre mais de 180 países, marcando o que ele chamou de “Liberation Day” (ou “Dia da Libertação”). A medida incluiu também tarifas recíprocas individualizadas para países com os quais os EUA acumulam os maiores déficits comerciais, com alíquotas que chegaram a 50%.

De acordo com a Casa Branca, após esse anúncio, mais de 75 países procuraram os Estados Unidos para renegociar acordos e tentar reduzir as tarifas.

Em 9 de abril, Trump anunciou uma “pausa” nas tarifas recíprocas individualizadas, mantendo apenas as tarifas de 10% sobre todos os países pelo prazo de 90 dias. No entanto, a exceção foi a China, que não se manifestou para iniciar negociações e respondeu com medidas retaliatórias, elevando as tarifas sobre produtos americanos.

Escalada da guerra tarifária entre EUA e China

No mesmo período, a China havia sido taxada em 34%, além dos 20% já existentes, totalizando 54% de tarifas. Como resposta, o governo chinês impôs tarifas extras de 34% sobre todas as importações dos EUA. Diante da retaliação, Trump ameaçou aumentar ainda mais os tributos.

A Casa Branca estabeleceu um prazo: se a China não recuasse até as 13h (horário de Brasília) de 8 de abril, as tarifas subiriam mais 50 pontos percentuais, totalizando 104%. Como não houve recuo, os EUA cumpriram a ameaça, e o presidente americano expressou otimismo sobre um possível acordo, apesar da escalada.

No dia seguinte, a China elevou suas tarifas para 84%, igualando o percentual adotado pelos EUA. Ainda assim, Trump anunciou nova alta: tarifas sobre produtos chineses saltariam para 125%.

Tarifas atingem pico histórico de 145% e reações continuam

Na quinta-feira (10), a Casa Branca esclareceu que os 125% de tarifa se somavam a outras já em vigor, como os 20% anteriores, atingindo um total de 145% sobre alguns produtos chineses. Em contrapartida, a China respondeu com elevação das tarifas a 125%.

Apesar do embate, nesta terça-feira os EUA voltaram a sinalizar abertura para negociações. A secretária de imprensa da Casa Branca, Katherine Leavitt, afirmou que o presidente Trump permanece disposto a dialogar, desde que a China também demonstre interesse:

O presidente deixou bem claro que está disposto a fazer um acordo com a China, mas a China também precisa querer fazer um acordo com os EUA“, declarou Leavitt.

Lei também:

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