quinta-feira, novembro 21, 2024
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    Wilson Lima rebate fala de Zema sobre pobreza no Norte e Nordeste

    Governador defendeu um equilíbrio entre os estados da federação, haja vista que o Sul e Sudeste não querem "abrir mão" da competitividade

    Amazonas – O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), rebateu a fala do governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo), que criticou a criação de um fundo para as Regiões Norte e Nordeste para combater o nível de pobreza, alegando que no Sul e Sudeste também existe pobreza, defendendo que as duas regiões também precisam de ações sociais e que elas “arrecadam muito” e recebem menos.

    Wilson Lima disse ao jornal Estadão que a declaração de Zema foi muito ruim “porque a pobreza se concentra no Norte e no Nordeste, que é perigoso estabelecer um “cabo de guerra” entre os estados.

    “Uma declaração dessa é muito ruim porque a pobreza se concentra no Norte e no Nordeste. Sul e Sudeste não querem abrir mão do que eles têm em termos de competitividade, mas é necessário um equilíbrio. É muito perigoso estabelecer um cabo de guerra entre as regiões e colocar uma população contra a outra“, afirmou o governador.

    A fala de Zema não soou bem entre os estados que compreendem entre estas duas regiões do país, pois o governador mineiro disse que o Sul e Sudeste detém a maior arrecadação da economia brasileira, em cerca de 70%.

    “Está sendo criando um fundo para o Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Agora, e o Sul e o Sudeste não têm pobreza? Aqui todo mundo vive bem, ninguém tem desemprego, não tem comunidade? Tem, sim. Nós também precisamos de ações sociais. Então Sul e Sudeste vão continuar com a arrecadação muito maior do que recebem de volta? Isso não pode ser intensificado, ano a ano, década a década”, emendou o governador. “Já decidimos que além do protagonismo econômico que temos, porque representamos 70% da economia brasileira, nós queremos – que é o que nunca tivemos – protagonismo político”, concluiu.

    Após a polêmica, o governador mineiro disse que foi mal interpretado.

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