O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB) determinou, em decisão liminar, a suspensão de todos os perfis nas redes sociais do influenciador Hytalo Santos, com bloqueio imediato da monetização. A medida inclui ainda o afastamento dos adolescentes que vivem com ele e a proibição de qualquer tipo de contato com menores de idade.
A decisão foi solicitada pelo Ministério Público da Paraíba (MP-PB), por meio da promotora de Justiça Ana Maria França, na segunda-feira (11). A defesa do influenciador ainda pode recorrer.
Justiça acata pedido do MP e suspende empresa do influenciador
Além do bloqueio de redes sociais, o TJ-PB também acatou recomendação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Ministério Público do Trabalho e Polícia Civil para suspender uma das empresas de Hytalo, que atua no ramo de rifas e sorteios. O pedido foi enviado à Loteria do Estado da Paraíba (Lotep), sob a justificativa de que a empresa usava, de forma irregular, a imagem de menores de 18 anos.
O influenciador é investigado desde 2024 pela Promotoria da Paraíba por suspeita de exploração de adolescentes e crianças. O caso ganhou repercussão nacional após o youtuber Felca publicar o vídeo “Adultização”, no qual denuncia supostas cenas de exploração sexual de menores nos conteúdos de Hytalo.
Conteúdos com menores e acusações de exploração
Segundo a investigação, o influenciador promovia vídeos com adolescentes em situações que incluíam beijos entre jovens, participação em festas com consumo de bebidas alcoólicas e danças sensuais. Felca alertou que Hytalo lucraria com a sexualização juvenil.
Antes da suspensão, Hytalo acumulava mais de 12 milhões de seguidores no Instagram — que foi desativado na última sexta-feira (8) — e 5 milhões no YouTube. Procurado por e-mail, o influenciador não respondeu até a publicação desta reportagem.
Em ocasiões anteriores, ele usou as redes sociais para afirmar que mantém uma “família não tradicional” e que tem autorização dos pais para ter tutela de adolescentes. Segundo ele, custeia estudos em escolas particulares e despesas pessoais em troca da participação dos jovens em conteúdos para redes sociais. Atualmente, apenas duas adolescentes viveriam com ele.
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