O grupo do setor de semicondutores Nvidia e a Advanced Micro Devices (AMD) concordaram em pagar ao governo dos Estados Unidos 15% de sua receita proveniente das vendas de chips de Inteligência Artificial (IA) à China, informou a imprensa neste domingo (10).
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, se reuniu na última quarta-feira (7) com o presidente americano, Donald Trump, em Washington. Segundo informações do Financial Times, Bloomberg e New York Times, ambos concordaram que a empresa repassará uma parte de sua receita ao governo federal — um acordo sem precedentes no mercado internacional de tecnologia.
Os investidores acreditam que a IA transformará a economia global, e a Nvidia, líder mundial na fabricação de chips essenciais para o setor, tornou-se, em julho, a primeira empresa a atingir o valor de mercado de US$ 4 trilhões (R$ 21,7 trilhões).
Com sede na Califórnia, a Nvidia está no centro das tensões comerciais entre China e Estados Unidos, países que disputam o domínio da produção de chips para IA. O governo americano alega motivos de segurança nacional para limitar os semicondutores que a empresa pode exportar para o mercado chinês.
No mês passado, a Nvidia anunciou que Washington autorizou a venda de chips “H20” — uma versão menos potente criada para atender às restrições impostas ao mercado chinês. Na última sexta-feira (9), o Departamento de Comércio começou a conceder licenças para a comercialização desses chips, segundo a imprensa, embora a AFP não tenha confirmado a informação.
A AMD também se enquadra no acordo e pagará 15% de sua receita pelas vendas de chips MI308 à China, antes proibidos de serem exportados ao país asiático.
De acordo com o New York Times, o acordo pode gerar até US$ 2 bilhões (R$ 10,8 bilhões) para os cofres do governo americano.
A administração Trump tem imposto tarifas visando desde corrigir desequilíbrios comerciais até repatriar a produção e pressionar governos estrangeiros a revisar suas políticas comerciais. Uma tarifa de 100% sobre diversas importações de semicondutores entrou em vigor na última semana, com exceções para empresas que anunciem grandes investimentos nos Estados Unidos.
Leia também:
Manaus será palco da terceira edição da Glocal Amazônia 2025
Siga nossas redes sociais Instagram, Youtube, TikTok e Facebook