sexta-feira, agosto 1, 2025
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    Família de ex-jogador Igor Cabral, acusado de agressão, denuncia ameaças

    Após agressão filmada em elevador em Natal, parentes de Igor Eduardo Cabral afirmam sofrer retaliações e pedem respeito à privacidade. Defesa diz que familiares não têm relação com o crime.

    Os familiares do ex-jogador de basquete Igor Eduardo Cabral, de 29 anos, preso por agredir violentamente a namorada em um elevador em Natal, divulgaram nesta quarta-feira (30) uma nota pública denunciando que estão sendo vítimas de ameaças e exposição indevida.

    O caso, registrado no último sábado (26), ganhou grande repercussão após imagens de câmeras de segurança mostrarem Igor desferindo mais de 60 socos contra a vítima. A mulher, de 35 anos, teve múltiplas fraturas no rosto e maxilar e deverá passar por cirurgia. O ex-atleta foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em prisão preventiva. Ele responde por tentativa de feminicídio.

    Nota da família reforça que parentes não têm responsabilidade sobre o crime

    A nota, assinada pelos advogados de defesa e familiares de Igor Cabral, afirma que “os familiares não têm responsabilidade sobre os atos cometidos” e que também “não cometeram nenhum crime”. O documento destaca ainda que a Justiça está atuando no caso e que o acusado permanece à disposição das autoridades competentes.

    A manifestação veio após uma casa ter sido pichada com ameaças ao ex-jogador e um endereço de familiares ter sido vazado como se fosse o do agressor.

    “É necessário esclarecer que o endereço divulgado em algumas matérias e redes sociais não pertence ao jovem envolvido no caso. Trata-se de um ambiente estritamente comercial, local de trabalho de familiares, que não tem qualquer relação com o ocorrido”, diz a nota.

    Família relata transtornos e violação da privacidade

    Segundo os familiares, a exposição indevida tem causado “transtornos, ameaças e constrangimentos”, violando o direito à privacidade e à imagem, garantido pela Constituição. A nota reitera que os parentes são cidadãos comuns, trabalhadores, e que foram surpreendidos e estão consternados com o ocorrido.

    “Reforçamos que os familiares não têm responsabilidade sobre os atos cometidos. É imperativo que possam continuar exercendo seus direitos ao trabalho e à dignidade, sem serem punidos por algo que não fizeram.”

    A defesa solicita que a família possa viver “em paz, sem perseguições, julgamentos ou exposição indevida”.

    Agressão ocorreu após discussão por ciúmes durante churrasco

    De acordo com a investigação da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), o casal estava em um churrasco com amigos quando a briga começou. Igor teria pedido para ver o celular da namorada e, mesmo após ela mostrar que “não havia nada demais”, ele reagiu com ciúmes.

    Testemunhas relataram que ele jogou o celular da vítima na piscina e, em seguida, eles subiram ao apartamento. A mulher o seguiu até o elevador, temendo que algo acontecesse em locais sem câmera, como o corredor.

    A delegada Victória Lisboa explicou:

    “Ele entra no elevador e pede para ela se retirar. Ela permanece, temendo por sua segurança, momento em que ele a agride brutalmente.”

    As imagens mostram o momento em que Igor desfere ao menos 60 socos contra a vítima, deixando-a com o rosto completamente ensanguentado.

    Prisão imediata e depoimentos

    Segundo uma amiga da vítima, um segurança do condomínio visualizou a agressão em tempo real pelas câmeras e acionou a Polícia Militar, que prendeu Igor Cabral no térreo, com ajuda de moradores. A vítima foi levada ao Hospital Walfredo Gurgel, onde recebeu atendimento emergencial.

    Durante o depoimento, Igor afirmou que sofre de claustrofobia e que teria tido um “surto claustrofóbico” após ser provocado pela vítima. Ele alegou ainda que estava irritado por ter descoberto uma suposta traição.

    Como denunciar violência contra a mulher

    Casos de violência doméstica e agressão devem ser denunciados por meio dos seguintes canais:

    • Polícia Militar: 190

    • Polícia Civil: 181

    • Central de Atendimento à Mulher: 180
      (Encaminha denúncias aos órgãos competentes e orienta mulheres sobre seus direitos e serviços de apoio)

    Lei também:

    Homem espanca namorada com mais de 60 socos em elevador

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