quinta-feira, novembro 21, 2024
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    Delgatti aceita fazer acareação com Bolsonaro para comprovar denúncias

    A relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA), informou que há a possibilidade de ela solicitar a acareação de Delgatti com Bolsonaro

    O hacker Walter Delgatti Netto expressou sua disposição de participar de uma acareação com o ex-presidente Jair Bolsonaro para corroborar as informações que forneceu à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. Essa possibilidade foi levantada pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), ao que Delgatti respondeu afirmativamente, destacando que está disposto a isso de maneira tranquila.

    Delgatti Netto prestará depoimento perante a comissão na próxima quinta-feira (17). O hacker, em outra ocasião, também mencionou sua disposição de participar de acareações com qualquer pessoa para auxiliar na comprovação das informações. Ele afirmou: “Lembrando que eu faço qualquer acareação, caso seja necessário aqui. Estou à disposição”, em resposta a uma pergunta feita pelo deputado federal Duarte Jr. (PSB-MA).

    A acareação é um procedimento legal previsto nos códigos de Processo Civil e de Processo Penal, no qual duas pessoas que defendem versões contraditórias são colocadas frente a frente com o objetivo de se alcançar a verdade.

    Entre as alegações feitas por Delgatti, está a afirmação de que Bolsonaro ofereceu a ele um indulto presidencial em troca da invasão das urnas eletrônicas e da aceitação da responsabilidade por um suposto grampo instalado para monitorar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Indulto é o perdão da pena concedido por meio de um decreto presidencial.

    O hacker também revelou que invadiu sistemas do Judiciário brasileiro a pedido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que negou as acusações. Delgatti ainda alegou que, a pedido de Bolsonaro, orientou os militares das Forças Armadas na elaboração do relatório sobre as urnas eletrônicas apresentado em 2022.

    Outra alegação feita por Delgatti é que Bolsonaro e seu marqueteiro na campanha de 2022, Duda Lima, solicitaram que o hacker atuasse como garoto-propaganda em um vídeo contendo informações falsas contra a urna eletrônica.

    A relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA), informou que há a possibilidade de ela solicitar a acareação de Delgatti com Bolsonaro, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, a deputada Zambelli ou qualquer outra pessoa mencionada pelo hacker. Para aprovar as acareações, é necessário apresentar um requerimento em uma reunião deliberativa da comissão.

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